quinta-feira, novembro 15, 2012

DESCULPAS



Às vezes é muito difícil aceitarmos o fato de que a liderança é responsável por determinados acontecimentos na sua equipe, principalmente acontecimentos que acarretam divisão, mal estar, críticas e enfraquecimento do grupo do qual se coordena. A verdade é que, nas vitórias, o sucesso deve ser dividido igualmente entre a equipe, no entanto, os fracassos e tropeços do meio do caminho devem ser assimilados, administrados e recepcionados pelo líder ou líderes.

Acontece no entanto, que até como uma forma de defesa, ou pelo simples fato de não querermos sair de nossa zona de conforto, fingimos que o problema não existe, na esperança de que o grupo ou equipe do qual lideramos possam resolver sozinhos seus conflitos internos, onde, na  verdade, é um papel do líder encontrar soluções imediatas para as resoluções dos conflitos. A verdade é que na hora que espera-se que o líder ocupe seu papel, e quando se precisa que ele coloque a mão no fogo, ou que venha a assumir a responsabilidade, para reverter a situação ou estancar a sangria de forma rápida, antes que atinja uma proporção maior, ele se apresenta de forma mórbida, não por que ele deseje o estremecimento de sua equipe, más sim, muitas vezes por medo ou receio de não ser capaz de enfrentar o problema.

Assim eu me sinto em determinadas situações, como alguém que procura transferir responsabilidades e não assumi-las, por isso sou consciente que um líder de equipe que se esquivando de agir em um momento crucial que a função lhe exige, este vai ter que futuramente encarar uma equipe desmotivada e dividida. Ora, é evidente que apontar culpados, transferir responsabilidades pode até nos manter livre da situação por um momento, mas lá na frente não teremos mais como fugir.

Bem verdade que assumir a responsabilidade pelas falhas da equipe é um dos ônus da liderança, afinal não foi um membro da equipe que falhou, verdadeiramente foi o líder que falhou, pois ele é aquele que deve coordenar e orientá-los da melhor forma possível . È nessas horas que o líder tem que aprender a ser servo. O Apóstolo São Marcos em sua epístola, mais precisamente no capítulo 10 e versículo 45 não hesitou em dizer claramente que para Jesus, liderar era ser: Servo dos servos.

Sendo assim, uso esse espaço para pedir desculpas pelas minhas omissões, pela minha falta de atitude em algum momento e pela minha falta de experiência. O que vou dizer parece até ser redundante, mas a realidade é que não sei de tudo e às vezes acho é que não sei de nada. Ora, vejamos o que diz um dos “CARAS” da liderança, Daniel Goleman: Liderar não é dominar, mas sim, a arte de convencer  as pessoas a trabalharem em vista de um objetivo comum.
Então pensei, será que fracassei, no meu objetivo, na minha missão, no meu propósito?
Foi aí então que imediatamente passei a ponderar que:
Se a soberba, o orgulho e a altivez são as causas mais frequentes de nossos fracassos e derrotas, então...
Qual o segredo do sucesso da liderança, qual o segredo do sucesso de uma equipe?
A resposta de Deus ao meu coração:    A HUMILDADE.

Qualquer LÍDER que se propõe a alcançar a humildade, precisa ouvir a voz do meigo nazareno falar ao seu ouvido e dizer: Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou MANSO E HUMILDE de coração. Quer ser discípulo? Seja HUMILDE, quer ser um bom líder, seja mais HUMILDE ainda.

Só com humildade um líder consegue entender e ajudar no relacionamento de sua equipe, pois só assim ele vai perceber que todos nós nascemos com a necessidade permanente de estabelecer relacionamentos significativos uns com os outros. Essa necessidade surge desde o dia em que nascemos e permanece até o nosso último suspiro de vida. Todos nós temos a necessidade de sermos queridos, aceitos, apreciados, amados e valorizados e isto só poderá ser realizado através de relacionamentos. A necessidade dos relacionamentos faz parte da vontade de Deus em nossa vida. Foi o próprio Senhor quem nos criou para nos relacionarmos. Ao criar Adão, Deus verificou que o homem estava só, sentindo-se solitário e incompleto. Então disse: “Não é bom que o homem viva sozinho; vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse sua outra metade” (Gênesis 2.18).

Deus nos criou com a necessidade de relacionamento, companheirismo e comunhão. 'Assim Deus criou os seres humanos; Ele os criou homem e mulher, e os abençoou, dizendo: tenham muitos e muitos filhos, espalhem-se por toda terra e a dominem. Relacionem-se de modo saudável uns com os outros e sejam abençoados' (Gênesis 1.27,28). Jesus Disse: escutem, este é o primeiro mandamento mais importante da lei. O senhor nosso Deus é o único Senhor. Ame ao Senhor seu Deus com todo o coração, com toda alma, com toda mente e com todas as forças. E o segundo mais importante é este: ame os outros como você ama a você mesmo' ( Marcos 12.29-31). Jesus queria dizer, ame a todos, independente de suas falhas, de suas queixas, de seus defeitos, de suas opiniões, de seus devaneios e de suas atitudes, ame-os como você ama a você mesmo, pois, você também tem defeitos.

Ora, ter amigos é bom, como disse a pouco, é uma necessidade intrínseca ao ser humano. Jesus escolheu doze discípulos, doze amigos. Porém dentre os doze ele tinha ainda os mais chegados: Pedro, Tiago e João. E, o interessante é que nunca, em nenhum momento da bíblia, encontramos, os demais, ou seja os outros 09 discípulos reclamando que Jesus tinha um “panelinha” com Pedro, Tiago e João, em nenhum momento se sentiram inferiorizados, ou deixados de lado ou “escanteados” pelo Senhor. Por outro lado Jesus, nunca hostilizou os outros 09, nem nunca os tratou com indiferença, exemplo disso podemos recordar o momento em que ele lava os pés dos doze discípulos. Ora é claro que não é pecado termos nossas preferencias, repito não vejo mal nenhum nisso. Se eu gosto dos hinos pentecostais, meu irmão gosta do estilo adoração, e daí? Se três preferem comer sanduiche depois do culto, outros cinco preferem pizza e outros cinco gostam de espetinho. E se uma parte prefere o hino de Rose Nascimento no ensaio, a outra parte prefere o hino de Anderson Freire. E eu pergunto que mal há nisso? Isso são apenas “pequenos detalhes”. Não podemos perder a batalha por pequenos detalhes.

Aqui deixo os meus sinceros pedidos de desculpas a todos, pela minha omissão. Porém, sem querer me justificar, gostaria de dizer sinceramente que esta não foi uma omissão proposital, más, motivada acima de tudo, pela falta de experiência, pelo receio, ou ainda por não ter tido a capacidade de percepção da existência na equipe, da necessidade de um apoio, uma palavra amiga, um incentivo, uma defesa ou até mesmo um abraço e um aperto de mão.  

Assumo aqui, total e inteira responsabilidade pelas falhas do projeto, pelas divisões, pelas críticas, pelo que projetamos e não realizamos e pelo que poderia ter sido feito melhor.

Sinto no entanto, não poder dividir as honras do que nós fizemos de bom nesse ano juntos, também não seria justo dividir as glórias com vocês.

Sabe por que não divido? Porque não tenho parte nelas
A honra é de Deus e a Glória também!!!
Ele saberá gratificar o esforço de cada um, e Ele vai recompensar, podem ter certeza disso. Ele é Fiel, Santo, Justo. Jesus é Bom.

Peço desculpas a meu líder que mesmo sendo ele o primeiro, nunca me tratou como segundo. Más, a verdade é que fiquei a desejar, se eu tivesse desprendido metade da energia que ele doou a este projeto eu estaria satisfeito, se eu tivesse orado metade do que ele orou, estaria mais feliz ainda.

Peço perdão a Deus, pois não ofereci a ele tudo o que prometi no primeiro dia.

O próximo ano fica a cargo da vontade de Deus, más ainda faltam pouco mais de 30 dias. E... Estou à disposição, contem comigo, se é para a obra de Deus, que se danem as diferenças, as fofocas, as picuinhas. Se é para a obra de Deus, que cada um de nós possa diminuir e que ele cresça, se é para a obra de Deus, precisamos de Pedro, Tiago e João, essa turma é boa, mas precisamos também da turma de Felipe, Natanael e Mateus, se é para o crescimento da Obra tá vindo aí também Paulo, Silas e Marcos. E muitas vezes Paulo pode até discordar de Pedro (ora Pedro é Judeu e Paulo cidadão Romano), e Marcos pode sair do lado de Paulo do meio de alguma viagem, e formar o seu próprio grupo de evangelização. Porém o nome de Cristo sempre será glorificado. O evangelho será pregado até a sua volta.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS

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