Às vezes é muito difícil aceitarmos o fato de que a liderança é
responsável por determinados acontecimentos na sua equipe, principalmente
acontecimentos que acarretam divisão, mal estar, críticas e enfraquecimento do
grupo do qual se coordena. A verdade é que, nas vitórias, o sucesso deve ser
dividido igualmente entre a equipe, no entanto, os fracassos e tropeços do meio
do caminho devem ser assimilados, administrados e recepcionados pelo líder ou
líderes.
Acontece no entanto, que até como uma forma de defesa, ou pelo simples
fato de não querermos sair de nossa zona de conforto, fingimos que o problema
não existe, na esperança de que o grupo ou equipe do qual lideramos possam
resolver sozinhos seus conflitos internos, onde, na verdade, é um papel do líder encontrar
soluções imediatas para as resoluções dos conflitos. A verdade é que na hora
que espera-se que o líder ocupe seu papel, e quando se precisa que ele coloque
a mão no fogo, ou que venha a assumir a responsabilidade, para reverter a
situação ou estancar a sangria de forma rápida, antes que atinja uma proporção
maior, ele se apresenta de forma mórbida, não por que ele deseje o
estremecimento de sua equipe, más sim, muitas vezes por medo ou receio de não
ser capaz de enfrentar o problema.
Assim eu me sinto em determinadas situações, como alguém que procura
transferir responsabilidades e não assumi-las, por isso sou consciente que um
líder de equipe que se esquivando de agir em um momento crucial que a função lhe
exige, este vai ter que futuramente encarar uma equipe desmotivada e dividida.
Ora, é evidente que apontar
culpados, transferir responsabilidades pode até nos manter livre da situação
por um momento, mas lá na frente não teremos mais como fugir.
Bem
verdade que assumir
a responsabilidade pelas falhas da equipe é um dos ônus da liderança, afinal
não foi um membro da equipe que falhou, verdadeiramente foi o líder que falhou,
pois ele é aquele que deve coordenar e orientá-los da melhor forma possível . È
nessas horas que o líder tem que aprender a ser servo. O Apóstolo São Marcos em
sua epístola, mais precisamente no capítulo 10 e versículo 45 não hesitou em
dizer claramente que para Jesus, liderar
era ser: Servo dos servos.
Sendo
assim, uso esse espaço para pedir desculpas pelas minhas omissões, pela minha
falta de atitude em algum momento e pela minha falta de experiência. O que vou
dizer parece até ser redundante, mas a realidade é que não sei de tudo e às
vezes acho é que não sei de nada. Ora, vejamos
o que diz um dos “CARAS” da liderança, Daniel Goleman: Liderar não é dominar,
mas sim, a arte de convencer as pessoas
a trabalharem em vista de um objetivo comum.
Então
pensei, será que fracassei, no meu objetivo, na minha missão, no meu propósito?
Foi
aí então que imediatamente passei a ponderar que:
Se
a soberba, o orgulho e a altivez são as causas mais frequentes de nossos fracassos
e derrotas, então...
Qual
o segredo do sucesso da liderança, qual o segredo do sucesso de uma equipe?
A
resposta de Deus ao meu coração: A
HUMILDADE.
Qualquer
LÍDER que se propõe a alcançar a humildade, precisa ouvir a voz do meigo
nazareno falar ao seu ouvido e dizer: Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de
mim, porque sou MANSO E HUMILDE de coração. Quer ser discípulo? Seja HUMILDE,
quer ser um bom líder, seja mais HUMILDE ainda.
Só
com humildade um líder consegue entender e ajudar no relacionamento de sua
equipe, pois só assim ele vai perceber que todos nós nascemos com a necessidade permanente de
estabelecer relacionamentos significativos uns com os outros. Essa necessidade
surge desde o dia em que nascemos e permanece até o nosso último suspiro de
vida. Todos nós temos a necessidade de sermos queridos, aceitos, apreciados,
amados e valorizados e isto só poderá ser realizado através de relacionamentos.
A necessidade dos relacionamentos faz parte da vontade de Deus em nossa vida.
Foi o próprio Senhor quem nos criou para nos relacionarmos. Ao criar Adão, Deus
verificou que o homem estava só, sentindo-se solitário e incompleto. Então
disse: “Não é bom que o homem viva sozinho; vou fazer para ele alguém que o
ajude como se fosse sua outra metade” (Gênesis 2.18).
Deus nos criou com a necessidade de
relacionamento, companheirismo e comunhão. 'Assim Deus criou os seres humanos;
Ele os criou homem e mulher, e os abençoou, dizendo: tenham muitos e muitos
filhos, espalhem-se por toda terra e a dominem. Relacionem-se de modo saudável
uns com os outros e sejam abençoados' (Gênesis 1.27,28). Jesus Disse:
escutem, este é o primeiro mandamento mais importante da lei. O senhor nosso
Deus é o único Senhor. Ame ao Senhor seu Deus com todo o coração, com toda
alma, com toda mente e com todas as forças. E o segundo mais importante é
este: ame os outros como você ama a você mesmo' ( Marcos 12.29-31).
Jesus queria dizer, ame a todos, independente de suas falhas, de suas queixas,
de seus defeitos, de suas opiniões, de seus devaneios e de suas atitudes,
ame-os como você ama a você mesmo, pois, você também tem defeitos.
Ora, ter amigos é bom, como disse a
pouco, é uma necessidade intrínseca ao ser humano. Jesus escolheu doze
discípulos, doze amigos. Porém dentre os doze ele tinha ainda os mais chegados:
Pedro, Tiago e João. E, o interessante é que nunca, em nenhum momento da
bíblia, encontramos, os demais, ou seja os outros 09 discípulos reclamando que
Jesus tinha um “panelinha” com Pedro, Tiago e João, em nenhum momento se
sentiram inferiorizados, ou deixados de lado ou “escanteados” pelo Senhor. Por
outro lado Jesus, nunca hostilizou os outros 09, nem nunca os tratou com
indiferença, exemplo disso podemos recordar o momento em que ele lava os pés
dos doze discípulos. Ora é claro que não é pecado termos nossas preferencias,
repito não vejo mal nenhum nisso. Se eu gosto dos hinos pentecostais, meu irmão
gosta do estilo adoração, e daí? Se três preferem comer sanduiche depois do
culto, outros cinco preferem pizza e outros cinco gostam de espetinho. E se uma
parte prefere o hino de Rose Nascimento no ensaio, a outra parte prefere o hino
de Anderson Freire. E eu pergunto que mal há nisso? Isso são apenas “pequenos
detalhes”. Não podemos perder a batalha por pequenos detalhes.
Aqui
deixo os meus sinceros pedidos de desculpas a todos, pela minha omissão. Porém,
sem querer me justificar, gostaria de dizer sinceramente que esta não foi uma
omissão proposital, más, motivada acima de tudo, pela falta de experiência,
pelo receio, ou ainda por não ter tido a capacidade de percepção da existência na
equipe, da necessidade de um apoio, uma palavra amiga, um incentivo, uma defesa
ou até mesmo um abraço e um aperto de mão.
Assumo
aqui, total e inteira responsabilidade pelas falhas do projeto, pelas divisões,
pelas críticas, pelo que projetamos e não realizamos e pelo que poderia ter
sido feito melhor.
Sinto
no entanto, não poder dividir as honras do que nós fizemos de bom nesse ano
juntos, também não seria justo dividir as glórias com vocês.
Sabe
por que não divido? Porque não tenho parte nelas
A
honra é de Deus e a Glória também!!!
Ele
saberá gratificar o esforço de cada um, e Ele vai recompensar, podem ter
certeza disso. Ele é Fiel, Santo, Justo. Jesus é Bom.
Peço
desculpas a meu líder que mesmo sendo ele o primeiro, nunca me tratou como
segundo. Más, a verdade é que fiquei a desejar, se eu tivesse desprendido
metade da energia que ele doou a este projeto eu estaria satisfeito, se eu
tivesse orado metade do que ele orou, estaria mais feliz ainda.
Peço
perdão a Deus, pois não ofereci a ele tudo o que prometi no primeiro dia.
O
próximo ano fica a cargo da vontade de Deus, más ainda faltam pouco mais de 30
dias. E... Estou à disposição, contem comigo, se é para a obra de Deus, que se
danem as diferenças, as fofocas, as picuinhas. Se é para a obra de Deus, que cada
um de nós possa diminuir e que ele cresça, se é para a obra de Deus, precisamos
de Pedro, Tiago e João, essa turma é boa, mas precisamos também da turma de
Felipe, Natanael e Mateus, se é para o crescimento da Obra tá vindo aí também
Paulo, Silas e Marcos. E muitas vezes Paulo pode até discordar de Pedro (ora
Pedro é Judeu e Paulo cidadão Romano), e Marcos pode sair do lado de Paulo do
meio de alguma viagem, e formar o seu próprio grupo de evangelização. Porém o
nome de Cristo sempre será glorificado. O evangelho será pregado até a sua
volta.
QUE
DEUS ABENÇOE A TODOS
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